terça-feira, 6 de maio de 2008

OSTEOPOROSE





OSTEOPOROSE


A OSTEOPOROSE é uma doença que enfraquece os ossos, responsável por perda de altura, problemas posturais, fraturas dos quadris e de outros ossos, que ela já havia visto em várias mulheres idosas.

Osso e Densidade


Assim como todos os tecidos e órgãos do corpo humano, o osso é um tecido vivo. Ao longo de nossas vidas, os ossos estão, constantemente, se renovando através de um processo no qual as partes envelhecidas dos ossos são removidas e substituídas por tecido ósseo novo, capaz de resistir às demandas mecânicas e funcionais da nossa vida.

Esse equilíbrio é mantido graças a um complexo sistema chamado Remodelamento Ósseo, que envolve células responsáveis pela destruição de osso envelhecido (os osteoclastos) e pela formação de osso novo (osteoblastos) que se suscedem continuamente, com o objetivo de manter ossos resistentes.

Nossos ossos são compostos por dois tipos de tecidos ósseos: O Osso Cortical, e o esponjoso ou trabecular. O primeiro forma a capa externa de ossos como o fêmur e a tíbia enquanto o segundo compõe seu preenchimento (também chamado de tutano do osso).

O osso trabecular é, em geral, mais ativo quanto a sua renovação e, assim sendo, as fraturas comuns na osteoporose iniciam-se pelos ossos com composição mais esponjosa (como as vértebras e o punho). Apenas mais tarde na vida os ossos de composição mais cortical começam a fraturar (como o quadril). Durante a infância e adolescência, enquanto crescemos, uma maior quantidade de osso é formada quando comparado a quantidade de osso que é removida.

Com isto adquirimos, além de estatura, a chamada “MASSA ÓSSEA” que, entre os 25 e 35 anos, atinge seu ponto máximo, também chamado de “PICO DE MASSA ÓSSEA”.

Após a menopausa (ao redor dos 50 anos), na mulher e um pouco mais tarde nos homens, o corpo passa a remover osso mais rapidamente do que sua capacidade em repará-lo, levando progressivamente a um saldo negativo ou perda óssea.

Nas mulheres, esse fenômeno isto se dá, devido a diminuição na produção do hormônio estrogênio, que inicia-se nos anos imediatamente anteriores ao estabelecimento da MENOPAUSA.

O Estrogênio é o hormônio feminino que exerce um importante papel na formação e manutenção da massa óssea. Quando falta estrogênio a perda óssea pode ser excessiva, os ossos se tornam mais frágeis e, portanto, podem quebrar-se com mais facilidade.


A Osteoporose é uma doença na qual os ossos vão ficando mais frágeis e podem quebrar-se com muita facilidade. Se não prevenida e não tratada, o problema pode se intensificar, com dores importantes e, até, ossos quebrados.
As fraturas por fragilidade óssea, ocorrem tipicamente no quadril, coluna e punho, embora – em princípio – possam atingir qualquer osso do esqueleto. Fraturas vertebrais podem ocorrer, resultando em perda de estatura e curvatura anterior do dorso (cifose) - vide figuras abaixo.
Fraturas do quadril (ou da parte superior do fêmur), na sua grande maioria, necessitam receber tratamento cirúrgico.

Estima-se que cerca de 20% dos pacientes que sofrem fraturas do quadril morrem nos primeiros 12 meses após a cirurgia (a maioria já nos primeiros meses). Além disso, mais de 50% dos sobreviventes permanecem limitados para a marcha ou, pelo menos, para uma de suas atividades da vida diária, com importante perda de independência.
Apesar das mulheres serem quatro vezes mais acometidas pela Osteoporose, os homens também podem desenvolvê-la.

Prevenção

Seu médico pode lhe orientar sobre dietas, atitudes, exercícios e medicações que podem auxiliá-lo a preservar seus ossos fortes enquanto a idade chega. A eliminação dos maus hábitos de vida, o estímulo à atividade física e a exposição moderada e correta aos raios solares devem der sempre consideradas seja na prevenção ou no tratamento da osteoporose. Os fatores de risco devem ser preocupação desde a infância para que se tenha ossos sempre fortes.
tratamentoSe você apresenta osteoporose, seu médico indicará o tratamento que mais lhe convém. Dentre os medicamentos disponíveis atualmente destacam-se a Calcitonina, os Bisfosfonatos, o Raloxifeno, a Teriparatida, o Ranelato de Estrôncio, o Cálcio (e suas várias formulações) e a Vitamina D (e seus metabólitos). Embora eficazes e seguros, estes medicamentos são usados, apenas quando necessários. Apenas o seu médico saberá qual opção de tratamento é mais indicada para você.



A Terapia Hormonal Estrogênica, muitas vezes indicada para mulheres no período pós-menopausa, também são eficazes contra a osteoporose e na redução da ocorrência de fraturas. Há consenso hoje de que os hormônios femininos , quando administrados em baixas doses e por períodos de tempo não prolongados em mulheres nos primeiros anos da menopausa, além dos benefícios esqueléticos, também serão importantes para o tratamento de muitos sintomas comuns nesta fase da vida, tais como: ondas de calor (fogachos),secura vaginal, perda involuntária de urina, insônia e transtornos do humor e sexualidade.

O Raloxifeno, outra importante opção na prevenção de fraturas osteoporóticas, apesar de não ser classificado como hormônio, apresenta ações benéficas no osso semelhantes aos estrogênios.Porem, diferentemente da reposição hormonal, não acarreta risco de estimulação excessiva do útero e das mamas, sendo que vários estudos têm demonstrado que, na verdade, a utilização do Raloxifeno reduziria de forma significativa a chance de ocorrência de câncer mamário.

Os Bisfosfonatos (Alendronato, Risedronato, Ibandronato, Zolendronato) constituem um grupo de medicações de primeira linha para a prevenção e tratamento da osteoporose, não apenas para mulheres, mas também em casos de osteoporose em homens e em pessoas que apresentam perda de massa óssea em decorrência do uso de corticóides (medicamento anti-inflamatório utilizado principalmente no tratamento de doenças reumáticas). Os Bisfosfonatos aliam potente ação redutora de ocorrência de fraturas osteoporóticas com comodidade de uso, já que podem ser administrados em regimes intermitentes (por via oral, em doses semanais ou mensais). Alguns destes medicamentos, inclusive, podem ser administrados, por via venosa, a cada 3 meses ou, até mesmo, 1 vez por ano.

A Calcitonina, uma opção de tratamento muito utilizada no passado, apresenta indicação limitada nos dias atuais, já que os trabalhos científicos conduzidos com esta substância não conseguiram demonstrar um potente benefício no tratamento da osteoporose como aquele obtido com o uso das medicações anteriormente mencionadas. Ficaria ,então, reservada para situações especiais como em pessoas que apresentassem intolerância ou contra-indicação a outros medicamentos para osteoporose.

As medicações citadas até agora apresentam um mecanismo de ação comum: são capazes, todas elas, de promover a interrupção da reabsorção óssea (a perda de cálcio dos ossos) que acontece, de forma marcante, no período da menopausa. Duas das mais recentes opções de tratamento da osteoporose disponíveis no mercado nacional apresentam efeitos diferentes. São elas: o Ranelato de Estrôncio e a Teriparatida.

O Ranelato de Estrôncio combina, além de sua ação anti-reabsortiva óssea, uma capacidade de formar massa óssea adicional. Este efeito duplo, associado à fácil administração do medicamento (envelopes com grânulos para dissolução em um copo de água para ingestão diária) e a capacidade demonstrada de combater eficazmente a osteoporose, fazem deste medicamento mais uma alternativa eficaz para o tratamento desta doença.

A teriparatida, um análogo do Paratormônio (hormônio produzido em nossas glândulas paratireóides), é o agente com maior capacidade de formação óssea disponível no momento, com evidencia robusta de redução de fraturas osteoporóticas.O uso através de injeções subcutâneas diárias e seu alto custo, entretanto, fazem da teriparatida uma opção de tratamento que deve ser indicada em casos selecionados , como, por exemplo, em situações de osteoporose severa, com fraturas, que não responderam ao tratamento com as outra drogas mencionadas anteriormente neste artigo.


Densitometria

A densitometria é um método destinado à medição da massa óssea. Trata-se de um teste simples e absolutamente indolor, utilizado para determinar a densidade e indicar a fragilidade dos ossos.
Radiografias comuns não são suficientemente sensíveis para detectar a osteoporose até que uma quantidade muito grande de massa óssea (mais de 30%) já tenha sido perdida.
Assim, as medições de massa óssea são muito úteis na decisão de se iniciar um programa de prevenção ou de tratamento.
Exames periódicos também podem ser úteis no acompanhamento da doença e no controle do tratamento.




Tratamento Fisioterápico

O objetivo da fisioterapia não é tanto favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover a melhora no equilíbrio, força muscular, coordenação e condicionamento físico, na amplitude de movimento, diminuição da dor, visando sempre prevenção de quedas e consequentemente risco de fraturas.

O exercícios que podem ser realizados por indivíduos osteoporóticos são:
  • caminhadas por 50 minutos cinco vezes na semana;
  • atividades que envolvam equilíbrio e coordenação;
  • exercícios que envolvam situação de peso;
  • atividades que envolvam a extensão da coluna.

Alguns exercícios devem ser evitados como, por exemplo:

  • aeróbica de alto impacto,
  • corrida e salto, uma vez que aumentam o risco de fraturas vertebrais por causa da fragilidade das vértebras;
  • flexão da coluna, porque aumentam as forças de compressão na coluna, aumentam o risco de colapsos vertebrais;
  • atividades que envolvam risco de quedas como: step, caminhada em terrenos irregulares, etc.;
  • movimentos resistidos de fechamento e abertura de quadril, pois nesses movimentos aumenta-se a chance de fraturas proximais do fêmur.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

O Resultado é positivo em um tempo prolongado de tratamento, tendo uma adaptação do idoso ao programa com freqüência e continuidade.
É importânte um ambiente calmo e tranqüilo.
A velocidade dos movimentos deve ser lentamente favorecendo a integridade óssea, onde movimentos bruscos e fortes podem levar à fratura.
Deve-se enfatizar a respiração profunda e lenta associada a velocidade dos movimentos.


CONCLUSÃO

Devido ao aumento da expectativa de vida, e com isso um aumento do número de idosos na população, é de extrema necessidade que os profissionais de saúde estejam preparados a essa nova realidade e que planejem programas de prevenção contra a osteoporose, incluindo campanhas que mostrem a importância da reposição hormonal paras as mulheres pós-menopausa que são as mais acometidas por essa patologia.

A Fisioterapia é de suma importância já que se trata de uma patologia degenerativa, servindo o acompanhamento fisioterapêutico para minimizar os efeitos degenerativos, melhorando assim, o estilo de vida do paciente

Um comentário:

Anônimo disse...

o texto usando uma linguagem simples, foi de muito proveito para mim não sabia que a osteoporose poderia causar tantos dANOS VOU PROCURAR NÃO ESQUECER MAIS DO ALENDRONATO QUE ME FOI RECEITADO E QUE EU NÃO ACHAVA TÃO IMPORTANTE ASSIM