domingo, 18 de maio de 2008

Obesidade


OBESIDADE

Obesidade preocupa no Brasil Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que 43% dos brasileiros estão acima do peso.

O Brasil continua sendo um país de extremos. Ao mesmo que tempo que ONGs, grupos políticos e outras instituições fazem campanha para combater a miséria e a desnutrição no país, o Ministério da Saúde divulga uma pesquisa com dados alarmantes sobre a incidência da obesidade entre os brasileiros.






O documento mostra que 43% da população adulta está acima do peso, sendo que 11% possui obesidade crônica.




As complicações decorrentes deste problema resultam em diabetes, mortes precoces, hipertensão arterial, entupimento cardiovasculares, síndrome metabólica, entre outras. São as chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), cujo principal agente causador é a obesidade.




O estudo foi realizado em 26 capitais e no Distrito Federal (DF), durante o ano de 2006. A pesquisa foi realizada pelo Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (VIGITEL) com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGP) e o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NUPENS) da USP. O objetivo é traçar um planejamento de políticas públicas sobre o assunto.





Independente de quais medidas serão tomadas, o fato é que a população deve abrir os olhos para o problema, já que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis são silenciosas e, quando apresentam sintomas, pode ser tarde demais. É o que geralmente ocorre com o diabetes e a hipertensão.



O próprio relatório da VIGITEL explica que os indicadores da ocorrência do diabetes e da hipertensão arterial tendem a subestimar a real incidência dessas doenças porque não incluem os casos que ainda não foram diagnosticados.




Cariocas lideram a lista




A cidade campeã com pessoas acima do peso é o Rio de Janeiro, com 48,3%. O resultado surpreendeu porque o Rio é reconhecido internacionalmente por uma população que gosta de esportes e costuma praticar exercícios físicos a beira-mar. Além disso, a mulher carioca foi considerada como a mais fora de forma do país, com 44,4% da população feminina acima do peso. Em relação aos homens, os gaúchos lideram a lista, com 54,2%.




A cidade que possui o menor índice-geral é São Luiz, capital do Maranhão, com 34,1%. A pesquisa ainda detectou que os casos de obesidade são mais frequente em homens, com exceção das cidade de Recife, Rio Branco, Salvador e São Paulo, onde os índices mostraram igualdade entre os sexos.




A pesquisa usou a formula do Índice de Massa Corporal (IMC) para definir quem está acima do peso ou com obesidade. O método considera o peso (quilogramas) dividido pela altura (metros) ao quadrado. Aqueles que estiverem com o resultado final superior a 25 estão com excesso de peso; já os que ultrapassam 30, estão obesos.




Obesidade nos jovens




A situação também não é animadora entre os jovens. Desta vez, a referência é de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela a existência de 5,9 milhões de jovens, de 10 a 19 anos, estão acima do peso. Segundo o instituto, as meninas são mais vulneráveis.




Os especialistas acreditam que a situação é resultado da urbanização brasileira, que em apenas 30 anos conseguiu concentrar 80% da população em cidades. Neste cotidiano, as mulheres também buscam ocupação e não têm tempo para preparar os alimentos de forma mais cuidadosa. Some-se a isso o problema do sedentarismo e o modismo do fast-food.

Nenhum comentário: